O
Natal é comemorado de muitas formas em todo o mundo, mas o nosso deve ter
sempre o mesmo sentido daquele vivido por Francisco de Assis, o momento de
pensar no Cristo pobre que nasce naquela manjedoura, sem berço, sem regalias.
Imaginemos como aquele dia foi especial, como foi brilhante apesar de todas as
dificuldades que José e Maria passaram. Pensemos como foi a felicidade daqueles
pastores que puderam ver o Cristo “no seu primeiro dia”. Verdadeiro Deus e
verdadeiro homem, o Verbo encarnado.
Nosso
Natal tem que estar repleto desse sentimento de silêncio e contemplação. O que
diríamos ao vê-lo nos braços de Maria? O que faríamos se não, olhar sem reação?
Ficaríamos sem palavras para expressar nossa alegria. Podemos fechar os olhos e
tentar sentir como foi que o nosso Amor, Deus, se sentiu naquele lugar destinado
aos animais, onde ninguém imaginaria que o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores
iria nascer. Pensemos e reflitamos o quanto Deus se tornou pequeno por nós,
numa forma tão frágil, sob os cuidados de uma jovem mulher e um carpinteiro,
fazendo nascer um exemplo de família para todos os povos. Pensemos na visão que
Deus tinha desde este dia, fazendo nascer pobre Aquele que traria a boa nova
aos pobres.
Nosso
Natal (repito) deve ser pleno de compaixão para com os pobres, os mais
necessitados. Nem todos comemoram essa alegria porque muitos não tem condições.
Tenhamos, pois, um olhar e um ouvido atentos aos que estão marginalizados e
esquecidos. Façamos gratuitamente tudo o que pudermos para um sorriso brilhar.
Muitos dirão: o que adianta ajudar os necessitados apenas no natal? “[...] Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde benditos
de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação
do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de
beber; era estrangeiro, e hospedastes-me [...]” (Mt 25, 34-46). Que herança
maior do que essa queremos? O Natal passa, mas nossa ajuda pode continuar se
quisermos.
Enfim,
a nossa confraternização será a nossa própria vida doada
a Deus e ao próximo, como comemoração pelo nascimento daquele que desde o
inicio dos tempos foi destinado para nossa salvação. Em família, em
fraternidade, no relacionamento, no trabalho, no transito, enfim, em todo lugar
nosso Natal será mais um grito de irmãos unidos pelo “Irmão-Senhor” que é a
nossa esperança e autor da nossa fé (Hebreus 12, 2). A todos um divertido
“aniversário” e uma doce virada de ano!
Que
São Francisco e Santa Clara nos ensine a sermos a cada dia, mais de Cristo.
Clerisvaldo Costa
Secretário Fraterno Regional
Secretário Fraterno Regional
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